sábado, 28 de abril de 2012

Dificuldades e problemas iniciais da Comunicação Interna





Um dos problemas inicias para a boa Gestão da Comunicação Interna é que o termo comunicação é empregado como se toda informação colocada diante dos funcionários tivesse sido aceita e compreendida por eles, o que nem sempre é verdadeiro. A boa comunicação deve contemplar não apenas o envio da informação ao público, mas também a compreensão do que foi exposto e se o conteúdo foi aceito ou rejeitado, apenas assim podemos afirmar que está sendo desenvolvida a comunicação na organização, com o círculo virtuoso.

O gestor também deve estar ciente de que há uma diversidade de material que “comunica” que não as mídias tradicionais e planejadas, como: fatos relativos a situações recorrentes, problemas ou progressos na direção das metas; idéias, sugestões e experiências; conhecimento relativo a valores, ações e políticas da empresa; lealdades e hostilidades; clima ou ambiente emocional, etc. A comunicação não pode ser pensada apenas dentro do escopo tradicional do boletim, jornais e revistas, mas em todo o ambiente organizacional que ela permeia e no qual se desenvolve formal ou informalmente.

Contextualizando um dos exemplos, se um gestor é considerado exigente de forma exagerada, pelos seus subordinados, gerando hostilidade, isso pode gerar resistência à comunicação, criando barreiras para a o fluxo ascendente.  A hostilidade, o medo e a desconfiança, reduzem o fluxo e aceitação de informações relevantes, também podendo gerar distorções e ruídos na comunicação em todos seus fluxos: ascendente, descendente, horizontal ou diagonal. A suspeita diminui o volume de informações compartilhadas, mantendo funcionários das mais variadas hierarquias em posição de “defesa” perante os demais.

Imagem: Social Network. Istockphoto.com

Assim, após a compreensão da diversidade e do que deve ser a comunicação o primeiro passo a ser tomado pelo gestor deve ser o estabelecimento da confiança. Apenas com confiança recíproca a comunicação pode se desenvolver eficientemente dentro da organização, mantendo todos os canais e fluxos abertos para o diálogo entre as partes, além de contribuir para a aceitação e compreensão da mensagem.

Referência Bibliográfica: Novos padrões de administração. LIKERT, Rensis.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Endomarketing


Endomarketing são ações de marketing voltadas para o público interno de uma organização, é um processo cujo foco é sintonizar e sincronizar, para implementar e operacionalizar, a estrutura de marketing dessas organizações que visa ação para o mercado. Seu objetivo é facilitar e realizar trocas assim construindo relacionamentos com o público interno, compartilhando os objetivos da organização, harmonizando e fortalecendo estas relações e tem como função integrar a noção de “cliente” nos processos internos da estrutura organizacional propiciando melhorias na qualidade de produtos e serviços com produtividade pessoal e processos.

O termo surgiu na década de 90 no livro “Conversando com o Endomarketing” de Saul Bekin, aonde o termo “endo” que vem do grego “movimento para dentro” se junta com o conceito de marketing de “processo de comunicar uma transação com valor adequado para clientes”, nesse caso o cliente sendo os funcionários da organização, assim o endomarketing se torna uma poderosa ferramenta da comunicação interna pois “vender” seu produto ou serviço para o funcionário é tão importante quando para o cliente, afinal assim o público interno se torna um aliado ao negócio, preocupado pelo desempenho e responsável pelo sucesso da organização.

O endomarketing vem como solução para o questionamento feito muitas vezes pelas empresas “nossos funcionário são felizes?” afinal a satisfação desse público afeta no clima organizacional e na qualidade de produtos e serviços, e esses funcionários possuem necessidades muito específicas e são atingidos pela comunicação de maneira direcionada e muito mais explícita que o público externo, além de que a opinião do segundo pode ser influenciada pelo primeiro, pois um funcionário insatisfeito irá fazer uma contra-propaganda sobre a empresa que trabalha. Embora algumas empresas já possuam departamento de endomarketing composta por profissionais da comunicação e recursos humanos, ainda é uma área que não foi explorada em sua totalidade pela maioria das organizações que ainda relutam em entender que ele é um elemento indispensável para o sucesso e o tamanho da sinergia que a prática do endomarketing irá gerar dentro do ambiente de trabalho.

Referências:
BEKIN, Saul F. Conversando sobre Endomarketing. 1995.


sexta-feira, 13 de abril de 2012

Ética e Comunicação Interna


A relação entre o profissional de Relações Públicas e a ética é, cada vez mais, nítida. A função da comunicação organizacional vem sendo pautada em ações éticas, dando mais valores às pessoas; esta evolução mudará a forma de enxergar a liderança organizacional e o público interno, transparecendo a tomada de decisão e dando voz aos colaboradores das empresas, sem distinção. A comunicação organizacional, bem direcionada, estimula a conduta ética, quando aceitam opiniões e observações individuais, independentemente da posição hierárquica que representam na organização.
Comunicação Interna é o conjunto de estratégias que facilitam a comunicação organizacional, atuando nos mais diferentes tipos de fluxos. Exemplos: fornecer oportunidades de comunicação a todo público interno, além de incentivá-los para transmitir as suas opiniões e necessidades, elaborar diferentes maneiras para implantação de ideias e garantir a eficácia do processo de troca de mensagens na organização.
A credibilidade e o comprometimento do público interno são essenciais para que a organização consiga transmitir sua visão, missão e valores. Para garantirmos esta credibilidade e comprometimento, precisamos agir de forma ética. Não existe confiança em ações antiéticas e amorais. "Valores se disseminam com exemplos." - Bruno Chaves, diretor de criação e planejamento da Comunicação InVitro. Precisamos estabelecer uma comunicação que siga os valores e cultura organizacional de forma transparente, para que seja possível colocar os exemplos que disseminamos em prática. A comunicação de caráter cultural é muito importante, e deve ser fundamental dentro da organização, sendo entendida e bem avaliada pelo seu público interno, para que a comunicação dentro da organização seja reconhecida interna e externamente.
É necessário entender que o cenário de atuação da comunicação interna muda de forma devagar e moderada; portanto, iremos nos deparar com situações onde agir de forma não ética seria mais fácil e eficaz, mas como já foi dito, “valores se disseminam com exemplos”, além disso, o Código de Ética das Relações Públicas deve alinhar e estabelecer as decisões de nossa vida profissional.
Em resumo, devemos entender que toda ação de nossa vida profissional será avaliada quanto a nossa moral, mas será pautada pela ética e pela legislação, além de permear os exemplos que devemos demonstrar e seguir, pois a posição de Relações Públicas, na comunicação interna, é de mediação entre públicos organizacionais, lembrando que bons resultados conquistados dentro de casa, são favoráveis para bons resultados com a opinião pública e outros públicos externos.


                    Referência: Baseado em Aulas de Ética e Comunicação - Faculdade Cásper Líbero (Professora: Agatha Camargo)

sábado, 7 de abril de 2012

Comunicação interna e a Cultura Organizacional.

Sabemos que as trocas de informações dentro das organizações devem ocorrer de forma eficiente, em todos os meios hierarquicos, para que o diálogo seja entendido da mesma maneira entre todas as partes. É importante ressaltar que quando essas trocas não acontecem da maneira que se pretende, ou quando não há abertura para a troca de ideias, muitos problemas podem surgir.
Ao falarmos em comunicação interna nas organizações como um instrumento estratégico para o bom relacionamento entre pessoas que contribui em diversos aspectos positivos que resultam na produtividade e lucratividade da organização, não podemos deixar de lado a importância da cultura organizacional e valores que devem estar claros em todo o âmbito interno.
Pode-se dizer, portanto, que o processo da comunicação interna está ligado á cultura da empresa, aos seus valores e ao comportamento das suas lideranças e às crenças dos seus colaboradores. O que acontece, é que muitas organizações não gastam tempo definindo seus valores, ou simplesmente não acreditam neles. Afinal, não basta apenas definí-los, mas também atrair pessoas que estejam em sintonia com eles. Quando não há identificação entre a empresa e funcionário, o trabalho não é prazeroso e, por consequência, não é produtivo como deveria.
Os colaboradores que compreendem a cultura organizacional de onde trabalham, sua base, sua essência, podem ter maior capacidade de sobrevivência na empresa, podendo, também, prever certos comportamentos de outros colegas no trabalho. Enquanto muitos colaboradores são demitidos por comportamento, e não por falta de conhecimento – atitudes que não estão de acordo com a cultura e valores adotados pela organização.
Deste modo, é importante que no processo da gestão da comunicação interna, a cultura e valores das organizações sejam levados em conta como parte essencial. Quando as trocas de informações são compreendidas de forma eficiente, junto com as crenças bem definidas e aceitas pelo público interno – e este em sintonia com o perfil da empresa - a C.I é bem estruturada, podendo gerar muitos beneficios e impedir problemas e crises.